Brasília

Primeira assembleia geral de professores e orientadores educacionais do DF

A primeira assembleia geral de professoras (es) e orientadoras (es) educacionais do DF no ano, que aconteceu na manhã desta terça-feira (14), expressou a potência e a disposição de luta da categoria! Reunidos no dia do aniversário de 44 anos do Sinpro-DF, os profissionais do magistério público definiram o calendário de mobilização da campanha salarial 2023, que exige reestruturação da carreira já. Basta de descaso!

A assembleia foi conduzida por três mulheres – as diretoras do Sinpro Luciana Custódio, Berenice Darc e Márcia Gilda – em referência ao Dia Internacional de Lutas das Mulheres, que foi na semana passada mas marca o mês inteiro!

Ao mesmo tempo em que temos nossos salários congelados há oito anos, com grandes perdas financeiras que implicam na desvalorização da carreira, vemos a profunda desigualdade entre os vencimentos das diversas carreiras de ensino superior do GDF. Por isso, é hora de aprofundar e ampliar os debates, e intensificar a mobilização para fazer valer a meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE). O quadro atual é inaceitável, e transformá-lo depende da nossa luta!

A comissão de negociação informou que as reuniões com o governo, que vêm acontecendo desde setembro/2022 para discutir a reestruturação da carreira do magistério público, foram retomadas nesta segunda-feira (13), inclusive, graças à pressão da mobilização pré-assembleia! Na reunião, os representantes do sindicato foram recebidos pelo secretário de Economia do GDF, Ney Ferraz.

Três eixos orientam as negociações: 1) A tabela salarial atual, que revela as perdas salariais decorrentes de oito anos de congelamento e do não cumprimento da lei (meta 17 do PDE). 2) Redução da quantidade de padrões, para fortalecer a carreira pela garantia de qualidade no acesso, permanência e conclusão dela. 3) Incorporação das gratificações, começando pela Gaped.

É também fundamental, para o fortalecimento da carreira, a valorização salarial dos aposentados e aposentadas. Essa é uma luta importante desta campanha salarial.

Além disso, ainda no sentido do fortalecimento da categoria, a comissão destacou a importância de se nomearem o quanto antes todos os aprovados e aprovadas do último concurso, inclusive o cadastro reserva. Pelas deficiências de hoje na rede, ainda não será o suficiente! Por isso, é importante já ter no horizonte a realização de novo concurso. Os e as profissionais de contrato temporário são fundamentais para vagas temporárias, entretanto, é necessário que professoras (es) e orientadoras (es) educacionais concursadas (os) ocupem as vagas efetivas! Assim, aqueles que hoje são temporários terão a oportunidade de ser efetivos.

Estamos em luta, também, pelas nossas condições de trabalho. A superlotação das salas de aula compromete o trabalho pedagógico e adoece os docentes, além de tornar o trabalho dos orientadores e orientadoras educacionais. Seguiremos defendendo que o GDF garanta a proporção de 300 estudantes por     orientador (a)!

Na reunião, a comissão de negociação deu o recado para o governo: a categoria não vai ficar esperando o governo decidir agir. Vai construir a mobilização, dialogar com a sociedade e, se necessário, paralisar as atividades para garantir seus direitos!

Nesse sentido, na assembleia geral desta terça-feira, professoras (es) e orientadoras (es) educacionais aprovaram indicativo de greve e nova assembleia para 26 de abril. Para construir o caminho até lá, foi aprovado um calendário de mobilização nas cidades (veja no final da matéria) para envolver mais educadoras (es) e também para ampliar o debate para o conjunto da comunidade escolar.

O objetivo do calendário é fortalecer a mobilização e a pressão sobre o governo. É fundamental que todas e todos se envolvam nas atividades e conquistem mais colegas para a luta. A responsabilidade dos profissionais efetivos é grande e importante: o volume da nossa mobilização contribuirá para que os temporários e temporárias se sintam seguros para participar. Assim, vamos juntos – efetivos (as) e temporários (as), aposentados (as) e profissionais da ativa – discutir e definir qual carreira queremos para o magistério público do DF!

Por fim, a assembleia aprovou uma moção de repúdio à impunidade dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e de Anderson Gomes; e uma moção de solidariedade a Jane Becker, presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e região (Sinsej), ameaçada de morte no início deste mês por denunciar uma situação de trabalho análogo à escravidão.

Fonte: SINPRO-DF

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Lucas Parenti

Militante por los derechos de la vida familiar y colaboradora de ComCausa