Rede de Sementes do Instituto Marielle Franco faz ato em Nova Iguaçu
No dia 19 de março de 2023 Nova Iguaçu recebeu, na Praça dos Direitos Humanos, na Via Light, a Rede de Sementes do Instituto Marielle Franco . Foi um dia de homenagear Marielle e Anderson, que foram brutalmente assassinados há cinco anos.
O evento contou com a presença de diversos movimentos sociais e organizações, entre eles a ComCausa. a memória da vida de Marielle foi feita com a foi celebrada com arte, poesia, rap e Maracatu. Foi reforçado pelos presentes as lutas de Marielle em favor das mulheres, sobretudo negras, periféricas, e LGBTQIAP+.
“Discorrer sobre a vida de Marielle chega a ser deselegante, porque deveria ser algo amplamente conhecido pela população fluminense. Mas a grande mídia, ou mídia hegemônica, não trata com devido valor a vida dessa militante, que se elege vereadora por conta da sua luta e do enfrentamento a violência que mulheres pretas, LGBTQIA+ e moradores da periferia sofrem diariamente por conta da cultura de violência que permeia a sociedade Fluminense, incluindo as forças de segurança pública e a governança. Mas essa memória foi celebrada com arte, poesia, rap e Maracatu. Como Marielle sorria ao ver tanta gente celebrando a vida, apesar das forças que querem calar as vozes dessas mulheres que se recusam a ser silenciadas.” Afirmou Alexandre Paiva representante da ComCausa no ato.
O crime ainda segue sem respostas, recentemente o atual ministro da segurança pública, Flávio Dino abriu inquérito na Polícia Federal a pedido do presidente Lula, para investigar o caso, o objetivo da medida, segundo ministro da Justiça, é ‘ampliar a colaboração federal ‘ nas interessadas. Passados quase 5 anos do crime, mandantes e motivações não foram identificados.
Desde o crime em 2018, houve várias trocas no comando das investigações. Três grupos diferentes de promotores ficaram à frente do caso no Ministério Público do Rio de Janeiro. Na Polícia Civil, cinco delegados já aguardavam na chefia das apurações. Houve, inclusive, um debate sobre a federalização da investigação, que não avançou.
A sociedade e os movimentos sociais querem respostas: “A luta de Marielle Franco vive nestas mulheres, vive nos movimentos sociais, vive na teimosia do povo sofrido da Baixada Fluminense. E vamos continuar insistindo na pergunta: quem mandou matar Marielle e Anderson?” disse Alexandre.