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Aniversário da Cidade de Maricá

Considerada um paraíso natural, com 46 quilômetros de praias e seis lagoas, além de canais, ilhas, rios, cachoeiras, trilhas, serras e restinga, Maricá é o cenário ideal para quem procura beleza natural e opções de atividades ao ar livre.

A cidade é rodeada por maciços costeiros. As serras principais são Calaboca, Mato Grosso (onde fica o ponto mais alto do município, o Pico da Lagoinha, com 890 metros), Lagarto, Silvado, Espraiado e Tiririca.

No município está localizado um grande complexo lagunar, que contempla as lagoas de Maricá, Barra de Maricá, do Padre, Guarapina, Jacaroá, Araçatiba, Boqueirão e Jaconé. Elas são ligadas ao mar por meio dos canais de Ponta Negra e Itaipuaçu.

Maricá também é conhecida por suas praias oceânicas, entre as quais se destacam as de Jaconé, Ponta Negra, Barra de Maricá, do Francês e Itaipuaçu. A topografia peculiar cria um ambiente propício à prática de esportes radicais como voo livre, trekking e mountain bike, entre outros.

A Serra da Tiririca, entre Maricá e Niterói, é um parque estadual com valioso trecho de Mata Atlântica.

A Área de Proteção Ambiental Estadual de Maricá, tipicamente de restinga, localizada na costa do município, é formada pela antiga fazenda São Bento da Lagoa, a Ponta do Fundão e a Ilha Cardosa. Abriga ainda a comunidade pesqueira tradicional de Zacarias, presente desde o século XVIII, os sítios arqueológicos e o complexo ecossistema de restinga.

Atualmente, o território municipal estende-se por 362.480 km², dividido entre os distritos Maricá (sede), Ponta Negra, Inoã e Itaipuaçu. Sua população é estimada em 167.668 pessoas (IBGE, 2021).

A colônia Maricá começou a ser povoada no início do século XVI, devido à necessidade da Coroa Portuguesa de defender o litoral de ataques dos corsários franceses. A partir de 1574, as terras foram doadas aos colonizadores portugueses, divididas em sesmarias (lotes de terras distribuídos em nome do rei de Portugal, com intenção de incentivar o cultivo em terras virgens).

O primeiro centro efetivo de população, fundado por monges beneditinos em 1635, surgiu junto à Fazenda de São Bento, em São José do Imbassaí, onde foi construída a primeira capela dedicada à Nossa Senhora do Amparo.

Em 1814 (considerado o ano da fundação da cidade de Maricá), o local passou a se chamar Vila de Santa Maria de Maricá, em homenagem à rainha D. Maria I de Portugal. Em 1889, o recém-criado governo republicano elevou a vila à categoria de cidade. O nome Maricá vem de uma árvore denominada Mimosa sepiaria Benth, popularmente conhecida como espinheiro-maricá, muito comum e abundante na região.

Mapa de Luiz Teixeira (ca. 1574) em Roteiro de todos os Sinais, Conhecimentos, Fundos, Baixos, Alturas e Derrotas que há na costa do Brasil, desd’o Cabo de Santo Agostinho até o Estreito de Fernão de Magalhães. Biblioteca da Ajuda, Lisboa. ABREU, Maurício de Almeida.

A Estrada de Ferro de Maricá também faz parte da história da cidade. Seu primeiro trecho, em 1888, ligava as estações de Alcântara e Rio do Ouro. Entre 1911 e 1940, a ferrovia viveu seu auge, e o trecho foi ampliado até Cabo Frio, onde registrava um grande volume de cargas da produção local. Com o declínio da atividade agrícola, os trechos foram sendo desativados até o encerramento definitivo, em 1966.

A história de Maricá também é rica em personagens ilustres e nomes de representatividade, como o do padre José de Anchieta, responsável, em 1584, pela a “pesca milagrosa” na Lagoa de Araçatiba (no episódio, ele dizia antecipadamente aos índios os peixes que conseguiriam fisgar, e a pescaria foi tão proveitosa que não havia homens suficientes para recolher tudo). Em 1868, a Princesa Isabel e o Conde D´Eu hospedaram-se na sede da Fazenda do Pilar (Ubatiba).

Já o naturalista britânico Charles Darwin incluiu Itaipuaçu em seu roteiro de pesquisas sobre fauna e flora da Mata Atlântica, em 1832. Os estudos resultaram em observações escritas no livro “A Origem das Espécies”, que tornou o cientista famoso no mundo todo. O circuito de trilhas por onde andou ficou conhecido como “Caminhos de Darwin” e é hoje uma atração turística de Maricá.

Figuras de destaque da cultura brasileira também tiveram ligação estreita com a cidade e a escolheram para fixar residência ou ter casa de veraneio. São, por exemplo, os casos das cantoras Maysa e Beth Carvalho, do antropólogo Darcy Ribeiro e do jornalista João Saldanha.

Como forma de preservar a memória dessas relações de afeto, a Prefeitura vem adquirindo os imóveis que pertenceram a eles em vida para transformá-los em museus e espaços culturais. São todos bem próximos, na extensão das belas praias do Cordeirinho e de Barra de Maricá. O projeto recebeu o nome de Circuito Cultural Caminho das Artes.

Fonte: Prefeitura de Maricá

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa