Rio de Janeiro

Casal e bebê de 7 meses são vítimas de ataque a tiros em Niterói

Um domingo que deveria ser de paz se transformou em uma cena de horror para a família Rodrigues-Santos, quando Filipe Rodrigues, Raissa Santos e seu bebê, Miguel Felipe dos Santos Rodrigues, foram brutalmente assassinados a tiros em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

O casal estava parado em seu Voyage branco quando foram alvejados por criminosos em uma motocicleta, que abriram fogo indiscriminadamente. Os pais morreram instantaneamente, enquanto o pequeno Miguel, com apenas 7 meses de idade, foi atingido na cabeça e no joelho. Apesar de ter sido submetido a uma cirurgia de emergência, o bebê não resistiu aos ferimentos.

Segundo informações da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, o casal estava retornando para sua residência em São Gonçalo após um almoço na casa de familiares quando foram surpreendidos pelo ataque.

As autoridades agora buscam entender as motivações por trás desse ato de violência inexplicável, enquanto a família e a comunidade lamentam a perda irreparável de vidas inocentes.

“Ele era uma pessoa de bem, trabalhadora, que atuava como motorista de Uber e também como gesseiro. Não tinha envolvimento com atividades ilícitas. Tinha toda uma vida pela frente, uma família linda, sonhos… e tudo foi brutalmente interrompido por alguém sem escrúpulos”, desabafou Adriana Rodrigues, prima de Filipe.

Detalhes do crime

O cenário do ataque que ceifou a vida de três membros da família Rodrigues-Santos foi uma rua tranquila em Niterói, na Estrada Bento Pestana, localizada no bairro Baldeador. Era domingo à noite quando o horror se abateu sobre eles. No interior de um Voyage branco, alugado de uma locadora de veículos, Filipe Rodrigues, Raissa Santos e seu bebê, Miguel Felipe dos Santos Rodrigues, foram alvos de dois criminosos a bordo de uma moto.

O ataque foi brutal e súbito. Raissa, desesperadamente, tentou proteger seu filho enquanto os tiros ecoavam. Miguel, com apenas 7 meses de idade, foi atingido na cabeça e sofreu uma fratura na perna. Os moradores, chocados com a violência que assolava sua vizinhança pacífica, correram para ajudar a família.

O bebê foi levado às pressas para o Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho (Getulinho), mas dada a gravidade de seu estado, os médicos decidiram transferi-lo para o Hospital Estadual Alberto Torres, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência. Apesar dos esforços dos profissionais de saúde, Miguel não resistiu. Às 5h08 da manhã seguinte, ele sucumbiu após duas paradas cardiorrespiratórias.

O veículo envolvido no trágico incidente, um Voyage MPI alugado da empresa Movida, estava registrado no Detran-SP. Curiosamente, a documentação do veículo aponta que pertence ao Município de São Paulo.

De acordo com informações de parentes, a família era residente de São Gonçalo. Filipe, supostamente, havia recentemente alugado o carro para trabalhar como motorista de aplicativo.

O ataque deixou marcas não apenas nas vítimas, mas também nos muros da vizinhança, que ficaram crivados de balas. Em resposta à tragédia, a Polícia Militar intensificou o patrulhamento na região, buscando garantir a segurança dos moradores.

Para os residentes locais, acostumados com a calmaria da região, o episódio foi um choque. Uma moradora de longa data descreveu o momento como aterrorizante, inicialmente confundindo os disparos com fogos de artifício. A constatação dos feridos e a violência do ataque trouxeram uma realidade sombria para uma comunidade que não estava preparada para enfrentar tal tragédia.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa