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Caso do Policial Militar Neandro Santos de Oliveira

O Policial Militar Neandro Santos de Oliveira seguia em seu carro da casa da mãe, em Mesquita, na Baixada Fluminense, para o 31º Batalhão – Recreio dos Bandeirantes, onde trabalhava -, quando na estrada do Rio do Pau deparou com uma blitz feita por bandidos por volta das 23h30 da segunda-feira do dia 12 de outubro de 2015.

Neandro foi reconhecido como PM por sua farda de trabalho, que estava no banco do veículo. Ele tentou fugir e trocou tiros com os bandidos, mas acabou batendo o veículo em uma árvore. Seu carro, com documentos e manchas de sangue, foi encontrado horas depois, dentro da favela Final Feliz, que integra o complexo de favelas do Chapadão, em Costa Barros na zona norte do Rio.

Um corpo carbonizado foi encontrado dentro de um Prisma no dia 20 de outubro de 2015, na Via Light. Após o resultado do exame de arcada dentária e DNA, foi possível confirmar que o corpo era realmente do soldado desaparecido desde o dia 12. Neandro estava há dois anos na Polícia Militar, tinha se casado recentemente e sua esposa estava grávida.

A mulher do PM também postou um desabafo assim que recebeu a confirmação da morte do marido “Minha vida acabou. Te amo”, escreveu. Neandro Santos de Oliveira foi enterrado no fim da manhã, em Sulacap.

Durante a cerimônia de despedida, a esposa grávida de três meses precisou de amparo. Ela chorava muito e gritava que o PM era o grande amor da sua vida. A mãe do PM também estava muito abalada e desmaiou. Ela precisou ser socorrida por médicos. Neandro era lotado no 31º BPM e diversos colegas de profissão compareceram ao funeral para prestar a última homenagem ao agente.

Segundo um primo do policial, que preferiu não ser identificado, Neandro estava há dois anos na Polícia Militar e tinha um amor muito grande pela corporação. “Ele era uma pessoa tranquila, pacata e que amava a profissão, amava a PM. É uma dor muito grande, uma dor insuportável. A polícia não tem equipamento adequado para encarar essa bandidagem e a população, de a forma geral, deveria apoiá-la e não só criticar”, disse o primo.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa