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Memória: Menino Juan Moraes

Na noite do dia 20 de junho de 2011, Juan vinha da casa de um amigo com o irmão, Wesley, de 14 anos, quando foi atingido durante um confronto na comunidade. O irmão e outro jovem, Wanderson, de 19 anos, também ficaram feridos. Os PMs Isaías Souza do Carmo, Edilberto Barros do Nascimento, Ubirani Soares e Rubens da Silva foram acusados pelo crime. Eles alegaram que houve uma troca de tiros com traficantes da região, que teriam ocultado o cadáver do menino. O Ministério Público nega esta versão.

Em 2013, os quatro policiais militares acusados da morte do estudante Juan Moraes, de 11 anos, foram condenados pelo júri da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. A principal pena foi aplicada a Edilberto Barros do Nascimento: 66 anos de prisão. Isaías Souza do Carmo e Rubens da Silva foram sentenciados a 36 anos de prisão, enquanto Ubirani Soares recebeu punição de 32 anos de reclusão.

Quatro policiais militares foram condenados pelas mortes, em 2011, do menino Juan Moraes e do adolescente Igor Souza Afonso. As vítimas, na época com 11 e 17 anos, respectivamente, morreram em uma operação policial na Favela Danon, em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro. Edilberto Barros do Nascimento pegou 66 anos de prisão pelas mortes de Juan e Igor. Isaias Souza do Carmo e Rubens da Silva foram condenados a 36 anos; e Ubirani Soares, a 32 anos de cadeia, pelo assassinato do menino. Os quatro foram acusados de homicídios dolosos qualificados (com intenção de matar, motivo torpe e sem chance de defesa das vítimas), além de duas tentativas de homicídio doloso, também duplamente qualificado, contra Wesley Felipe Moares da Silva e Wanderson dos Santos de Assis.

A sentença foi lida na 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A defesa dos réus informou que vai recorrer. Juan desapareceu no dia 20 de junho 2011, logo após um confronto entre policiais militares do 20º BPM (Mesquita) e traficantes da Favela Danon, onde o menino morava. O corpo do garoto apareceu dez dias depois, às margens do Rio Botas, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Os quatro PMs envolvidos estão presos no Batalhão Especial Prisional (BEP).

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa