Dia do Presbiterianismo Nacional
No dia 12 de agosto, comemoramos o Dia do Presbiterianismo Nacional, marcando a chegada do Rev. Ashbel Green Simonton ao Rio de Janeiro em 1859. Originário da Pensilvânia, Estados Unidos, ele foi criado em um ambiente evangélico-presbiteriano. Sua trajetória foi influenciada pelo movimento conhecido como “Segundo Grande Despertar” nos Estados Unidos, levando-o a ingressar no Seminário de Princeton em 1855, com o objetivo de se tornar ministro do Evangelho. Durante seus primeiros meses de estudo, ele foi profundamente impactado pela pregação do Dr. Charles Hodge sobre a “necessidade absoluta de instruir os pagãos antes de esperar qualquer sucesso na força do Evangelho”.
No dia 25 de novembro de 1858, Ashbel invejou uma proposta à Junta de Missões Estrangeiras de sua denominação, mencionando o Brasil como um campo de interesse enviado. Apesar de planejar ir sozinho, ele demonstrou confiança na orientação divina, como registrado em seu diário:
“A mão da Providência é claramente visível ali. A Ti, ó Deus, confio meus caminhos, certo de que Tu guiarás meus passos com retidão.”
Após concluir seus estudos em 1859, Simonton foi ordenado ao Sagrado Ministério. Em 18 de junho do mesmo ano, embarcou no navio “Banshee” com destino ao Rio de Janeiro. Em seu diário, o embaixador norte-americano descreveu sua chegada em 12 de agosto:
“É difícil expressar a emoção que me domina ao contemplar as majestosas montanhas que tanto ouvira falar e lera a respeito, e que indicavam o rigor da jornada e minha chegada ao novo lar e campo de trabalho. Minhas emoções eram tão diversas que não posso descrevê-las -las com precisão. Sentimentos de alegria pelo bem-sucedido termo de uma longa viagem misturavam-se com a apreensão das grandes responsabilidades e dificuldades que me aguardavam. As razões para minha satisfação são claras, mas a esperança do futuro lança sua sombra solene e ameaçada, temperando as expressões de regozijo. […] Desde as quatro da manhã, estou sentada, observando as manobras para adentrar o porto contra ventos e marés. É um lugar magnífico, singular e impressionante como jamais vi. Nunca poderia ter imaginado um porto assim,com uma beleza sublime protegida dos ventos e das ondas, capaz de resistir aos ataques do mar e da terra.”
Apesar das dificuldades linguísticas, Simonton esforçou-se em superar as barreiras culturais. Após alguns anos, já consegui pregar fluentemente em português e iniciei uma Escola Bíblica Dominical. Em 12 de janeiro de 1862, ele fundou a primeira Igreja Presbiteriana no Brasil e celebrou a primeira Ceia do Senhor.
“Assim, realizamos a organização da igreja de Jesus Cristo no Brasil. Foi um momento de alegria e regozijo. Deus nos permitiu colher os primeiros frutos de nossa missão muito antes do que minha pequena fé poderia esperar.”
Entre suas diversas atraídas no Brasil, ele estabeleceu o primeiro jornal – A Imprensa Evangélica – e fundou o Presbitério do Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1865, quando também ordenou ao ministério o ex-padre José Manoel da Conceição.
Em sua última participação no Presbitério do Rio de Janeiro, antes de falecer devido à malária, o pastor americano proferiu um sermão intitulado “Os meios necessários e competentes para estabelecer o reino de Jesus Cristo no Brasil”, refletindo sobre a importância de os crentes testemunharem o Evangelho para que este seja difundido em nosso país.
“Primeiramente, a vida santa e exemplar de todo crente é uma pregação do Evangelho; essa é a mais eficaz. Sem essa pregação, os outros meios empregados não terão sucesso. Os crentes são o sal da terra. […] A história demonstrar que o avanço do Evangelho depende grandemente do comportamento e da vida daqueles que professam a fé.”
