Dia Estadual de Conscientização contra o Racismo Religioso Joãozinho da Goméia
Hoje, 27 de março, o Rio de Janeiro comemora o Dia Estadual de Conscientização contra o Racismo Religioso, uma data significativa que presta homenagem à memória e ao legado de Joãozinho da Goméia. Mais do que apenas uma marca no calendário, este dia representa uma poderosa oportunidade para fortalecer os valores de tolerância, respeito e igualdade entre todas as religiões.
A Lei Nº 9259/2021, que institui esta data, reflete o compromisso do Rio de Janeiro em promover a diversidade religiosa e combater o preconceito. Reconhecendo Joãozinho da Goméia como uma figura emblemática na história religiosa brasileira, esta legislação não apenas homenageia suas práticas espirituais, mas também sua incansável luta contra o racismo religioso.
Este dia especial serve como um convite à reflexão sobre a importância de respeitar as diversas crenças e práticas religiosas. É uma oportunidade para reconhecer os desafios enfrentados por aqueles que sofrem discriminação devido à sua fé e para renovar o compromisso de construir uma sociedade mais justa e inclusiva.
A Lei Nº 9259/2021 estabelece que o Dia Estadual de Conscientização contra o Racismo Religioso, também conhecido como Dia Joãozinho da Goméia, destina-se a combater todas as formas de discriminação religiosa, promovendo a conscientização e sensibilização sobre a tolerância e a diversidade religiosa, bem como a liberdade de culto e o respeito aos adereços e símbolos religiosos.
Durante este dia, o Poder Executivo é encarregado de promover amplas campanhas, atividades e ações públicas de combate a qualquer forma de preconceito e discriminação religiosa, incentivando o respeito às diferenças de credo e a tolerância religiosa. Tais esforços incluem campanhas educativas em escolas e universidades públicas e privadas, bem como em meios de transporte, praças, teatros e outros espaços públicos do Estado.
A implementação das medidas previstas na Lei pode ser atribuída à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, com o apoio da sociedade civil. Além disso, a Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos de Raça, Cor, Etnia, Religião e Procedência Nacional da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) pode colaborar na realização das campanhas, atividades e ações destinadas a promover a conscientização e combater o racismo religioso.
Tentativa de apagar a memória de Joãozinho da Goméia
Em junho de 2020, o então prefeito Washington Reis anunciou seus planos para a construção de uma creche no local onde anteriormente se encontrava o barracão de Joãozinho da Goméia. No entanto, se não fosse pela liderança de Mãe Seci, o terreno onde a Goméia operava poderia ter sido perdido para sempre.
Após a mobilização de diversos grupos sociais, religiosos, culturais e dos herdeiros de Tata Londirá, que se uniram para realizar um abraço simbólico em defesa do terreiro, uma ação foi levada ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública. Essa mobilização levou o prefeito a receber a Comissão Goméia. Após o encontro, o prefeito anunciou que havia decidido desistir da ideia de construir a creche “Pequeno Guerreiro” no local.
Terreiro da Gomeia agora é patrimônio cultural e histórico do Rio
No vídeo abaixo, participação do “Rei do Candomblé”, Joãozinho da Goméia no filme “Copacabana Mon Amour” de 1970, dirigido por Rogério Sganzerla. [Imagens da restauração realizada em 2013].
