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Evento sobre intolerância religiosa reúne terreiros de umbanda

Uma feira cultural sobre umbanda será realizada no dia 30 de junho no Clube de Regatas Gragoatá, em Niterói, com o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal.

O evento terá palestra da Defensoria Pública do Estado sobre legalização de terreiros, homenagens a personalidades do movimento de matriz africana e uma gira de umbanda com vários terreiros participantes.

A feira é uma iniciativa da presidente da Comissão de Direitos Humanos, da Criança, do Adolescente e da Mulher da Câmara de Niterói, vereadora Benny Briolly (PSOL) e conta com a presença confirmada da iyalorixá de Obaluayê Mãe Marcia Marçal, da vereadora do Rio de Janeiro Luciana Boiteux e do pastor e deputado federal Henrique Vieira.

“A nossa mobilização política é crucial para assegurar a preservação e promoção de nossa identidade cultural, debatendo sobre direitos e interesses, bem como para combater o preconceito e a discriminação que historicamente enfrentamos. Niterói é uma cidade que possui ancestralidade, que é repleta de terreiros de umbanda e candomblé, e o objetivo da atividade é reunir estas pessoas para que possamos trocar experiências, compreendendo que unidos conseguimos cobrar dos órgãos competentes as nossas demandas religiosas” – afirma a vereadora Benny Briolly.

O evento é em parceria com Casa da Jurema – Mãe Lelê, Centro Espírita Caboclo Sete Flechas das Matas – Mãe Renata e Pai Bruno, Ilé Asé Omo Yemanjá – Pai Marcos de Yemanjá e Ilé Asé T’Ògún Korodé – Pai Guaraci T’Ógun Korodé,

Serviço: Encontro de Terreiros de Umbanda│Gratuito
Data: 30 de junho – 15h às 22h
Local: Clube de Regatas Gragoatá
Endereço: Rua Coronel Tamarindo, 69 – Gragoatá, Niterói – RJ

Intolerância Religiosa

Intolerância religiosa no Brasil é um problema social que afeta milhões de pessoas que sofrem discriminação, violência e perseguição por causa de suas crenças ou práticas religiosas.

Segundo o último censo do IBGE, realizado em 2010, o Brasil tem mais de 42 milhões de pessoas que se declaram sem religião, além de diversas religiões minoritárias, como as de matriz africana, indígena, oriental, espírita, entre outras. Esses grupos são frequentemente alvo de preconceito, intolerância e desrespeito por parte de segmentos da sociedade que se consideram superiores ou detentores da verdade.

A Constituição Federal de 1988 garante a liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos, mas na prática muitas vezes esses direitos são violados ou ignorados. A intolerância religiosa no Brasil é uma forma de violação dos direitos humanos e da dignidade das pessoas, que deve ser combatida com educação, diálogo e respeito à diversidade.

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Débora Barroso

Jornalista comunitária e colaboradora da ComCausa.