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Luiz Carlos Ruas o “Indio”

No da 25 de dezembro de 2016, o vendedor ambulante Luiz Carlos Ruas, conhecido como Índio, foi brutalmente assassinado dentro de uma das estações de metrô mais lotadas da cidade de São Paulo. Por intervir nas agressões sofridas por transexuais.

Índio era conhecido por todos da região, tinha uma banca que vendia salgadinhos e bebidas, que ficava no Parque Dom Pedro, entre o terminal rodoviário e a estação do Metrô Pedro II.

Naquele dia de Natal, o vendedor montou sua barraquinha no feriado, para conseguir dinheiro pois era a única fonte de renda da família, quando viu dois homens perseguindo as transexuais e começaram a agredi-las, então Luiz tentou intervir, foi quando, em plena luz do dia, com dezenas de pessoas olhando, entre elas os seguranças, Luiz foi espancado, com socos e chutes, ninguém o ajudou, já inerte no chão, teve sua carteira furtada e veio a falecer no hospital.

A Policia após investigação informou que os assassinos Alípio dos Santos e Ricardo do Nascimento iniciaram a perseguição porque estavam urinando em público e foram repreendidos pela travesti. Ambos foram condenados a 15 anos de prisão. A Justiça determinou que o Metrô pague pensão mensal de R$ 2.232,54 para mulher do ambulante. Segundo o Tribunal de Justiça, o valor estipulado, que corresponde ao rendimento médio do vendedor e deverá ser depositado todo dia 20 de cada mês

O gesto fez com que seu nome fosse escolhido para o Centro de Cidadania LGBT, no Arouche.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa