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Memória do nascimento de Carlos Prestes

Nascido em Porto Alegre no dia 3 de janeiro de 1898, Luis Carlos Prestes se destacou como uma figura proeminente no cenário político e militar do Brasil ao longo do século XX. Sua trajetória foi marcada por momentos cruciais na história do país, ganhando reconhecimento nacional ao liderar a emblemática Coluna Prestes durante os anos 1920.

Prestes se viu no epicentro de uma polarização política intensa: enquanto Plínio Salgado representava a extrema-direita, Prestes emergia como um símbolo da extrema-esquerda, atraindo atenções e opiniões divergentes.

Entretanto, sua vida foi marcada por perseguições e adversidades. Durante o regime ditatorial do Estado Novo, foi perseguido, preso e enfrentou a perda trágica de sua companheira, Olga Benário, entregue pelo governo de Getúlio Vargas e morta na Alemanha Nazista em uma câmara de gás.

Acusado e condenado em 1940 pelo assassinato de Elza Fernandes, Prestes foi alvo de uma condenação a trinta anos de prisão. Sua trajetória política se entrelaçou com a história do Brasil, inclusive apoiando Getúlio Vargas na eleição presidencial de 1950 após ser anistiado pelo próprio Vargas, que anteriormente havia sido responsável por sua condenação.

Durante a ditadura militar no Brasil, teve seus direitos políticos cassados e optou pelo exílio na União Soviética, retornando ao Brasil somente após a promulgação da Lei da Anistia em 1979.

Prestes desempenhou um papel central no Partido Comunista Brasileiro por quase quatro décadas, atuando como secretário-geral desde 1943 até 1980, sempre defendendo a causa da revolução comunista até seus últimos dias.

Em seus anos finais, testemunhou eventos significativos como a abertura econômica iniciada por Mikhail Gorbatchov na União Soviética em 1986, o que culminaria na dissolução do país em 1991, e também a emblemática queda do Muro de Berlim em 1989. Sua reação a este último evento foi marcada por uma reflexão melancólica: “Eu não sei o que vai acontecer. Mas é lamentável que tudo isso tenha acontecido dessa maneira”.

A vida de Luis Carlos Prestes foi um testemunho das complexidades políticas e ideológicas que moldaram não apenas o Brasil, mas também o cenário global do século XX.

No dia 7 de março de 1990 nos despedíamos de Carlos Prestes. Uma das personalidades políticas mais influentes do Brasil, foi militar e politico comunista brasileiro, durante o século XX. Enquanto Plinio Salgado representava a extrema-direita, Prestes era visto como símbolo da extrema-esquerda.

Prestes ganhou fama nacional ao liderar a Coluna Prestes em 1920, que foi um movimento político-militar ocorrido entre 1924 e 1927 ligado ao tenentismo. O principal motivo para a criação do movimento foi a insatisfação com o governo de Artur Bernardes e o regime oligárquico característico da República Velha, conhecido como política do café com leite. Suas reivindicações foram a exigência do voto secreto, a defesa do ensino público e a obrigatoriedade do ensino secundário para toda a população, além de acabar com a miséria e a injustiça social no Brasil. Em seus dois anos e meio de duração, a Coluna composta de 1.500 homens percorreu cerca de 25 mil quilômetros através de treze Estados do Brasil.

Perseguido e preso durante a ditadura do Estado Novo, Prestes perdeu sua companheira Olga Benário, morta na Alemanha Nazista na câmara de gás, após ser entregue àquele regime pelo governo do presidente Getúlio Vargas. Em 1940 foi condenado a trinta anos de prisão pelo assassinato de Elza Fernandes. Cinco anos depois foi anistiado por Vargas, a quem viria a apoiar na eleição presidencial no Brasil em 1950. Durante a ditadura militar brasileira exilou-se na União Soviética após ter os seus direitos políticos cassados, retornando ao Brasil depois da promulgação da Lei da Anistia em 1979.

Foi secretário-geral do Partido Comunista Brasileiro de 1943 a 1980, defendendo a revolução comunista até o final da vida. Nos seus últimos anos, assistiu ao processo de abertura econômica iniciado por Mikhail Gorbatchov na União Soviética em 1986 (que em 1991 resultaria na sua dissolução) e também a queda do Muro de Berlim em 1989. Sobre a queda do Muro de Berlim, reagiu: “Eu não sei o que vai acontecer. Mas é lamentável que tudo isso tenha acontecido dessa maneira”.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa