Ministério das Mulheres lança nesta quarta-feira Brasil sem Misoginia
Nesta quarta-feira, dia 25 de outubro, o Ministério das Mulheres lançará a campanha nacional “Brasil sem Misoginia” com o objetivo de combater a misoginia, que engloba o preconceito e todas as formas de agressão e exclusão contra as mulheres.
Esta iniciativa visa convocar todos os segmentos da sociedade brasileira, abrangendo órgãos governamentais, empresas, organizações da sociedade civil, ONGs, equipes de futebol e seus torcedores, instituições de ensino, grupos religiosos e diversos outros atores, a fim de fomentar o diálogo sobre esse tema no país e promover uma diversidade de ações destinadas a erradicar a misoginia.
Para dar visibilidade ao lançamento, está prevista uma mobilização digital no dia 25, na qual influenciadores, líderes políticos proeminentes e diversos outros indivíduos envolvidos na causa compartilharão vídeos nas redes sociais, usando a hashtag #BrasilSemMisoginia, nos quais expressarão seu compromisso em combater a misoginia e apoiar essa causa.
O Ministério das Mulheres também planeja realizar audiências públicas em Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, oferecer capacitações a agentes públicos e instituições, e promover campanhas de comunicação, como parte de suas ações relacionadas ao tema.
Entre as ações do Ministério das Mulheres sobre o tema estão previstas audiências públicas em Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais; capacitações com agentes públicos e instituições; além de campanhas de comunicação.
O evento acontece às 15h no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Mulher do Governo do Distrito Federal, da Caixa Econômica Federal e da ONU Mulheres.
O que é Misoginia
A misoginia é um termo que descreve um profundo sentimento de aversão, ódio, discriminação, preconceito ou hostilidade voltados especificamente para mulheres ou meninas com base no seu gênero. Essa hostilidade pode se manifestar de diversas maneiras, abrangendo dimensões verbais, emocionais, físicas e sociais. Ela se manifesta por meio de atitudes, ações, crenças ou discursos que rebaixam, desvalorizam ou discriminam as mulheres com base em estereótipos de gênero negativos.
O jornalista Adriano Dias, representante da ComCausa, enfatizou que a misoginia é um problema profundamente enraizado em muitas culturas, com repercussões extremamente prejudiciais para o avanço da igualdade de gênero, os direitos das mulheres e o bem-estar feminino. Portanto, é de suma importância combater a misoginia como parte dos esforços contínuos para alcançar a igualdade de gênero e promover o respeito e a dignidade de todas as pessoas, independentemente do seu sexo.
“Nós temos observado, nos últimos anos, um preocupante aumento dessa forma de preconceito, frequentemente legitimada por líderes políticos e religiosos, o que tem resultado em um aumento nos casos de feminicídio, apesar da redução nas taxas gerais de homicídios intencionais no Brasil. Portanto, é de extrema importância incluir a conscientização e a luta contra a misoginia nas políticas públicas, com o objetivo de combater a violência de gênero”.
Essa discussão ocorreu durante uma reunião realizada no final de setembro entre Adriano Dias, da ComCausa, Natália Lima e Vânia Viana, do Gabinete da Secretaria Nacional de Articulação Institucional, e Camila das Neves, da Diretoria de Proteção de Direitos da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência do Ministério das Mulheres.
Imagem de capa meramente ilustrativa.
Pingback: Masculinismo: Ódio e Misoginia no Brasil - Portal C3