Morre mulher que sobreviveu ao ataque brutal que resultou na morte de duas crianças
No último domingo (8), Natasha Maria Silva Gonçalves de Albuquerque, de 30 anos, única sobrevivente de um ataque brutal que resultou na morte de duas crianças em Senador Camará, Zona Oeste do Rio de Janeiro, faleceu. Natasha ficou internada há 16 dias no Hospital Municipal Pedro II, onde seu estado de saúde era considerado grave.
O incidente ocorreu em 22 de setembro, quando Natasha foi vítima de tortura e queimaduras por Davi Souza Miranda, ex-namorado de sua irmã. No episódio trágico, ela havia levado sua sobrinha Luísa Fernanda da Silva, de 5 anos, para visitar o pai, acompanhado de sua filha Ana Beatriz da Silva Albuquerque, de 4 anos. Davi, então, amarrou Natasha, torturou-a e desferiu marteladas nas duas crianças. Após o ataque, a residência foi incendiada eDavi Souza Miranda fudiu de carro.
Natasha conseguiu se soltar e levou as crianças até o portão, onde foi socorrida por vizinhos que acionaram a Polícia Militar. Luísa não resistiu e faleceu ao dar entrada no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, enquanto Ana Beatriz chegou sem vida a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Natasha, devido à gravidade das queimaduras, foi concentrada para o Hospital Municipal Pedro II, mas infelizmente não resistiu.
Davi Souza Miranda, agora considerado criminoso, será indiciado por triplo homicídio e está sob investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Após o crime, ele chegou a um acidente na linha férrea na Zona Norte da cidade, onde foi capturado pela polícia.
De acordo com a Polícia Civil, o relacionamento conturbado entre Davi e a mãe de Luísa chegou ao fim de um mês antes do incidente, após nove anos de convivência. Familiares das vítimas relatam que Davi era um homem controlador, mas essa faceta não era evidente para a família da mãe de Luísa. Um jovem de 23 anos conseguiu uma medida protetora contra Davi por violência doméstica, após fugir e registrar um boletim de ocorrência. No entanto, ele ainda tinha permissão para ver a filha uma vez por semana.
O caso é uma ilustração trágica dos horrores da violência doméstica, chamando a atenção para a importância da prevenção e proteção às vítimas dessas situações. O Rio de Janeiro e o Brasil como um todo lamentam a perda dessas vidas e esperam que a justiça seja feita.
