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Morte Clementina de Jesus

Clementina de Jesus (1901-1987) foi uma renomada cantora brasileira, reconhecida como uma das maiores vozes do samba e da música popular brasileira. Ela nasceu em Valença, no estado do Rio de Janeiro, Brasil.

Clementina cresceu em uma família pobre e trabalhou como empregada doméstica durante grande parte de sua vida. Sua paixão pela música sempre esteve presente, e ela começou a cantar em rodas de samba e festas populares desde jovem. No entanto, sua carreira artística só foi reconhecida tardiamente, quando ela já tinha mais de 60 anos.

Em 1964, Clementina de Jesus foi descoberta pelo musicólogo Hermínio Bello de Carvalho, que ficou impressionado com sua voz potente e expressiva. Ele a convidou para participar de gravações e apresentações, e assim sua carreira decolou. Clementina lançou seu primeiro álbum, intitulado “Clementina de Jesus”, em 1966, e conquistou grande sucesso e reconhecimento.

Sua voz única e sua interpretação marcante tornaram-na uma das maiores intérpretes do samba, especialmente do samba de raiz e dos antigos sambas de terreiro. Ela cantava com profunda emoção e autenticidade, transmitindo a cultura e a história do povo negro brasileiro por meio de sua música.

Clementina de Jesus se apresentou em diversos palcos do Brasil e do mundo, e sua carreira foi marcada por colaborações com importantes artistas, como Pixinguinha, Paulinho da Viola, Clara Nunes e Elizeth Cardoso. Ela gravou vários álbuns ao longo de sua carreira, recebendo reconhecimento nacional e internacional por seu talento e contribuição para a música popular brasileira.

Além de sua carreira musical, Clementina também foi uma figura importante na luta pela valorização e preservação da cultura afro-brasileira. Ela ajudou a resgatar e difundir canções tradicionais, contos e tradições do povo negro, contribuindo para a conscientização e valorização da identidade afrodescendente no Brasil.

Clementina de Jesus faleceu em 1987, deixando um legado musical e cultural importante. Sua voz poderosa e sua dedicação à música popular brasileira tornaram-na uma das figuras mais reverenciadas e influentes na história do samba e da música brasileira. Sua contribuição para a preservação da cultura afro-brasileira e sua representação do povo negro continuam a inspirar gerações de artistas e amantes da música até hoje.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa