Rio de Janeiro

Mulher afirma ter sido vítima de estupro por motorista de Aplicativo na Zona Oeste do Rio

No episódio trágico ocorrido na madrugada de 21 de agosto, uma mulher de 35 anos relatou ter sido estuprada por um motorista de aplicativo durante uma corrida na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A 36ª Delegacia de Polícia (Santa Cruz) está conduzindo as investigações do caso, que ganhou destaque após o laudo do exame de corpo de delito aponta “ação contundente”.

A vítima, uma mulher casada e mãe de três filhos, revelou que solicitou uma viagem pelo inDrive a partir da Rua General Rocha, em Olaria, na Zona Norte do Rio, com destino a sua residência em Santa Cruz. Ao chegar ao destino, segundo seu relato, a corrida que já estava com pagamento no crédito, opção previamente selecionada no momento do pedido, o motorista decidiu que o pagamento seria no débito, exigindo dinheiro ou Pix.

Entretanto, o motorista impediu a passageira de subir para buscar dinheiro em seu apartamento, a levando em dois postos de combustíveis na Avenida Brasil. Lá, instruiu que ela efetuasse o pagamento da viagem no débito nas máquinas de cartão dos estabelecimentos para que ele pudesse trocar por dinheiro com os frentistas. Contudo, o cartão da passageira era apenas de crédito.

A vítima tentou, sem sucesso, entrar em contato com seu marido e uma amiga para realizar uma transação via Pix, entretanto, o marido não atendeu e a amiga estava com o banco fora do ar.

A situação tomou um destino aterrorizante quando, conforme o relato da vítima, o motorista declarou que levaria de volta para Olaria, mas ao entrar em uma rua deserta, proferiu ameaças e coagiu a passageira. A mulher, desesperada, implorou para que ele não a estuprasse, mas infelizmente, ela foi violentada.

Ao retornarem para a casa da vítima, o agressor a deixou na porta e ameaçou novamente caso ela decidisse denunciá-lo.

O laudo do exame de corpo de delito confirmou que a mulher foi vítima de “violência real” por meio de uma “ação contundente”. A vítima expressou seu recebimento e vergonha, destacando a falta de apoio e atenção por parte do inDrive após sua notificação do ocorrido.

A mulher ressaltou sua preocupação com a segurança de seus filhos, dado que o agressor conhece sua residência. Ela questionou como um aplicativo permitiu que uma pessoa com esse comportamento fosse habilitada para prestar serviços e lamentou a falta de suporte recebido após o incidente.

O que diz a plataforma:

Em nota, o inDrive disse estar ciente dos fatos relatados pela passageira. “A empresa vem tentando contato para auxiliá-la, colher mais informações para posterior suporte às autoridades e, principalmente, conceder à passageira atenção, amparo e atendimento”, afirmou.

“Abrimos investigação interna para apurar o caso. O motorista encontra-se bloqueado temporariamente até esclarecimentos de todos os detalhes e fatos do ocorrido.”

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa