Rio de Janeiro

Obras do Museu Nacional avançam cinco anos após incêndio

Em 2018, o Museu Nacional, que estava comemorando seu bicentenário, foi atingido por um incêndio devastador. A fachada do edifício imponente e 85% do acervo de 20 milhões de itens foram consumidos pelas chamas.

O Museu Nacional, que é protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), abrigava a maior coleção de história natural da América Latina e funcionava como uma importante instituição de pesquisa científica. O trabalho de pesquisa continua ativo, com acadêmicos produzindo e divulgando conhecimento.

O processo de reconstrução está sendo realizado em etapas. Sob a orientação do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o governo federal tem como objetivo envolver parceiros públicos e privados, garantir os recursos no menor tempo possível e concluir as obras para visitação pública até 2026. As obras são supervisionadas pelo Ministério da Educação (MEC). O Ministro da Educação, Camilo Santana, recebeu a equipe do Projeto Museu Nacional Vive pelo menos duas vezes no primeiro semestre deste ano e visitou o Palácio, assim como o Presidente Lula, logo no início de seu mandato, em 2023.

A equipe técnica do Ministério também faz visitas frequentes para verificar o progresso das obras. Até agora, dos R$ 265 milhões arrecadados, R$ 179 milhões foram comprometidos para ajudar a reconstruir as estruturas do icônico palácio.

A secretária de Educação Superior do MEC, Denise Carvalho, enfatizou o compromisso do governo federal em reconstruir a mais antiga instituição de pesquisa e ensino no campo das ciências naturais e antropológicas do Brasil.

“O Museu Nacional é um patrimônio da humanidade e dos brasileiros e o atual governo federal se comprometeu em devolvê-lo o mais breve possível”, disse.

O processo de restauração das fachadas e coberturas do bloco histórico (bloco 1) começou em setembro de 2021, após várias ações emergenciais, execução de cobertura provisória, resgate de acervos e proteção de bens históricos e artísticos que sobreviveram ao incêndio. Em setembro de 2022, a fachada principal do palácio foi entregue à sociedade, juntamente com grande parte da cobertura do primeiro bloco já refeita e todas as esculturas de mármore restauradas. Em setembro de 2023, a situação do bloco histórico (bloco 1) era:

-Todas as fachadas (frontal e laterais) restauradas.
-Todo o conjunto de ferragens e gradis recuperados.
-Alvenarias consolidadas.
-Todas as esquadrias recuperadas ou refeitas com base nas referências originais.
-Telhados refeitos, correspondendo a 50% da totalidade do palácio.
-Novas coberturas em estrutura de aço instaladas.
-Novas lajes instaladas.
-Frisos e ornamentos históricos recompostos em volumetria e pintados.
-Reforço estrutural dos vãos com sistema metálico.
-Esculturas centenárias em mármore de Carrara restauradas.
-Réplicas das esculturas produzidas e instaladas no coroamento do Palácio.

No momento, as obras estão sendo realizadas nos blocos 2 e 3 do Palácio e incluem serviços como proteção dos elementos que sobreviveram ao incêndio; proteção das escavações e prospecções arqueológicas; construção e impermeabilização de lajes de cobertura; e regeneração de todas as alvenarias remanescentes. Esses serviços são fundamentais para a próxima fase das obras, que inclui a restauração das fachadas, execução das coberturas e reforços estruturais, entre outras ações. Até agora, pelo menos 50% do Palácio teve suas estruturas completamente reformadas. Também estão em andamento os trabalhos de elaboração do projeto executivo e museologia do interior dos blocos.

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Débora Barroso

Jornalista comunitária e colaboradora da ComCausa.