Zumbi dos Palmares Líder da Resistência
Zumbi dos Palmares, nascido por volta de 1655, emergiu como um símbolo de resistência durante o período colonial no Brasil. Ele liderou o Quilombo dos Palmares, um refúgio para escravos fugitivos localizado ao sul da Capitania de Pernambuco, na região do atual Estado de Alagoas.
Zumbi era neto da princesa negra Aqualtune e sobrinho de Ganga Zumba e Gana Zona, líderes dos mocambos mais importantes do Quilombo. Recebeu o nome de Zumbi, um aceno ao deus da guerra, e foi criado por um padre que lhe deu alguma instrução antes de retornar ao seu povo.
O Quilombo dos Palmares foi formado por escravos fugitivos dos engenhos de açúcar a partir de 1600. Apesar de várias tentativas de destruição, o quilombo resistiu e cresceu, especialmente durante o domínio holandês em Pernambuco, quando a fuga de escravos se intensificou.
Zumbi dos Palmares cresceu livre dentro do quilombo, conhecendo a escravidão apenas pelas histórias terríveis contadas pelos mais velhos. Casou-se com a guerreira negra Dandara e teve três filhos com ela.
Palmares se transformou de um simples refúgio para escravos fugitivos em um centro de resistência contra todo o sistema escravocrata. Apesar do comércio florescente entre Palmares e os colonos da região, a paz era apenas temporária, pois os fazendeiros não podiam permitir que os quilombos estimulassem a fuga dos escravos.
Em 1678, Ganga Zumba, tio de Zumbi, fez um acordo de paz com o governador de Pernambuco, Pedro de Almeida. No entanto, Zumbi não concordou com o acordo, pois acreditava na necessidade de libertar todos os escravos, não apenas viver livre. Após a morte de Ganga Zumba, Zumbi assumiu a liderança de Palmares e enfrentou várias batalhas sangrentas.
Em 1691, o bandeirante Domingos Jorge Velho, com mais de mil homens, invadiu o mocambo do Macaco, onde Zumbi comandava a resistência. Após várias lutas, Zumbi fugiu para Porto Calvo. Em 1694, um novo ataque destruiu o quilombo.
Zumbi dos Palmares foi capturado em 20 de novembro de 1695, após ser traído por um prisioneiro. Foi decapitado e sua cabeça foi levada para o Recife, onde foi exposta publicamente por ordem do governador.
Em homenagem a Zumbi no dia 20 de novembro é comemorado o Dia da Consciência Negra.
