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CPI da Violência Cibernética Contra as Mulheres divulga plano de trabalho

A CPI da Violência Cibernética Contra as Mulheres, presidida pela deputada Martha Rocha (PDT), divulgou seu plano de trabalho em uma reunião na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) nesta quinta-feira (22).

O plano inclui a convocação de autoridades e especialistas que lidam com crimes cibernéticos, como delegados, policiais federais, juízes, promotores, defensores públicos, advogados e secretários de Estado. O objetivo é tipificar e coletar dados sobre os crimes contra a mulher praticados pela internet.

“Precisamos entender, prevenir e punir a violência contra a mulher no mundo cibernético, para termos diagnósticos e sugestões de mudança na legislação e de aprimoramento dos equipamentos de proteção às mulheres vítimas de violência. O ISP já tem o Dossiê Mulher, mas precisamos de estudos específicos sobre os crimes cibernéticos”.

A vice-presidente da CPI, deputada Tia Ju (REP), sugeriu uma proposta para a CPI, de chamar representantes das Secretarias de Estado de Educação e de Saúde, para discutir formas de prevenir e combater o abuso sexual infantil. A ideia é educar crianças e adolescentes sobre o assunto e cuidar da saúde mental das vítimas.

“Precisamos nos preocupar com a proteção das crianças, para prevenir esse tipo de crime através da divulgação. Além disso, a saúde mental dessas mulheres precisa ser cuidada. Esse tema é muito recorrente, precisamos divulgar e combater mais junto aos órgãos responsáveis pela nossa segurança”.

A relatora da CPI, deputada Índia Armelau (PL), destacou os dados alarmantes da ONG SaferNet: entre 2017 e 2018, os crimes cibernéticos de violência contra mulheres aumentaram de 961 para 16.717 — um salto de 1600%. Ela também defendeu a necessidade de orientar as mães a protegerem seus filhos.

“Muitas mães acabam expondo seus filhos nas redes. A internet é um lugar sem dono, precisamos nos atentar às denúncias. A nossa luta é para reconhecer esses crimes e fazer leis para reduzir esses crimes”.

Também participaram da reunião o deputado Luiz Paulo (PSD) e a deputada Dani Monteiro (PSol).

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Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo