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Deputado da Baixada Fluminense entrega carta da juventude da Cidade de Deus para Lula

Deputado da Baixada Fluminense, Andrezinho Ceciliano, entregou ao presidente Lula uma carta da Juventude da Cidade de Deus, e a camisa do Projeto Canelinhas, onde Thiago, menino assassinado na Cidade de Deus, treinava e sonhava em ser jogador de futebol.

Em suas redes sociais o Andrezinho escreveu: “Quando Lula esteve aqui lançando o PAC3, no último dia 10.8, tive a chance de entregar uma carta da Juventude da Cidade de Deus, que chegou a mim através do companheiro @mateuspaz, e a camisa do Projeto Canelinhas, onde Thiago treinava e dedicava seus gols aos pais.”

“A Justiça não trará o futuro dessa criança de volta, nem vai diminuir a dor dos pais, amigos e toda a comunidade. Mas que ela possa servir de exemplo para inibir que outros casos assim continuem a acontecer impunemente, vitimando a nossa juventude, sobretudo os pobres, pretos e favelados.” Completou o deputado.

A Corregedoria Geral da Secretaria de Estado de Polícia Militar anunciou na última quinta-feira (24) que quatro policiais militares do Batalhão de Choque da instituição foram indiciados. Eles foram acusados ​​de envolvimento em práticas fraudulentas e outras reveladas durante uma operação que resultou na morte de Thiago Menezes Flausino, um jovem de 13 anos. O incidente ocorreu na madrugada do dia 7 deste mês, quando os policiais abordaram a comunidade da Cidade de Deus, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro.

Veja também: Lula chama de irresponsabilidade a morte do menino na Cidade de Deus

A investigação revelou suspeitas de fraude processual, negligência no socorro e falha no cumprimento da missão por parte dos policiais que foram alocados no Batalhão de Polícia de Choque na época da ocorrência.

Esse procedimento interno de averiguação, realizado paralelamente às investigações conduzidas pela Polícia Civil, foi baseado nos depoimentos dos próprios policiais envolvidos no incidente.

Após uma investigação que se estendeu por 17 dias desde o ocorrido, a corregedoria afirmou que manteve uma comunicação constante com a liderança do Batalhão de Choque e a Delegacia de Homicídios da Capital, que está encarregada das investigações judiciais. Durante esse período, informações essenciais, como a identificação dos agentes envolvidos e outros detalhes relevantes, foram fornecidas para auxiliar na compreensão das circunstâncias que ocorreram na morte do adolescente.

Os quatro policiais que participaram da abordagem ao jovem foram interrogados durante o processo de investigação. O comando da Polícia Militar agiu imediatamente para determinar a transferência de agentes para outra unidade e o afastamento temporário de suas funções nas ruas, até que as investigações sejam concluídas.

Relembre o caso:

Jovem de 13 anos é assassinado em operação na Cidade de Deus

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa