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Dia do Motim das Mulheres na cidade de Mossoró conhedo como “As Subversivas”

Em 30 de agosto de 1875, um grupo de mulheres provenientes de Mossoró, lideradas por Ana Rodrigues Braga, também conhecida como Ana Floriano, realizou uma marcha pelas ruas da cidade em forma de protesto contra a imposição do alistamento militar obrigatório. Este acontecimento ficou registrado na história como o “Motim das Mulheres” e continua sendo um motivo de orgulho para os moradores de Mossoró.

Dentro do Museu Histórico Lauro da Escóssia, há uma sala especialmente dedicada à figura de Ana Floriano, que desempenhou um papel crucial no movimento. Ana, que era casada com Floriano Rocha Nogueira, liderou o grupo conhecido como “300 subversivas”. Eles marcharam da Rua João Urbano até a Praça Vigário Antônio Joaquim.

As mulheres expressaram seu descontentamento em relação à regulamentação do recrutamento militar exigido pelo gabinete do Visconde do Rio Branco, durante o reinado de Dom Pedro Segundo. Usando utensílios domésticos como panelas, frigideiras, conchas e colheres de pau como símbolos de protesto, Ana Floriano e suas companheiras dirigiram-se à Igreja Matriz de Santa Luzia. Lá, elas rasgaram os editais que estavam afixados no quadro de avisos. Em seguida, dirigiram-se à residência do escrivão do juiz de Paz, onde tomaram e destruíram o livro e os documentos relacionados ao alistamento.

Este ato de resistência histórico destaca a coragem e a determinação das mulheres de Mossoró em enfrentar as medidas do governo, em defesa de seus princípios e valores. A caricatura de Ana Floriano permanece como um símbolo marcante desse evento e é preservada no Museu Histórico Lauro da Escóssia.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa