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Mãe de Hadassa será investigada por deixar menina e irmãos sozinhos

A mãe da criança, Kemilly Hadassa Silva, de apenas 4 anos, será investigada por deixar a menina e seus dois irmãos, de 7 e 8 anos, sozinhos em casa. A menina foi sequestrada e encontrada morta neste fim de semana.O delegado Mauro César da Silva Junior, responsável pelas investigações, destacou que Suellen da Silva Roque deixou a criança sob a supervisão dos irmãos mais velhos, levantando questionamentos sobre a responsabilidade e cuidado adequado com as crianças. Suellen admitiu em seu depoimento à polícia que saiu de casa por volta das 23h da última sexta-feira (8) para ir a uma festa de forró. Ela retornou apenas às 5h do sábado (9) e foi nesse momento que percebeu o desaparecimento de sua filha.

Agora, as autoridades estão empenhadas em apurar os fatos e descobrir as circunstâncias que levaram à morte de Kemilly. A negligência da mãe ao deixar os filhos sozinhos em casa certamente será um dos pontos centrais da investigação.

Segundo Adriano Dias da ComCausa: “É importante ressaltar que casos como esse são extremamente tristes e nos fazem refletir sobre a importância da supervisão adequada de crianças. A segurança e o bem-estar dos pequenos devem ser sempre prioridade, e é fundamental que os adultos assumam a responsabilidade de cuidar e proteger suas vidas preciosas”.

Relembre o caso

A menina de 4 anos estava desaparecida desde a madrugada do último sábado (9). Diante da suspeita de envolvimento do primo da criança, Reynaldo Rocha Nascimento, os moradores agiram por conta própria. No domingo, 10 de dezembro, invadiram a casa do homem e encontraram marcas de sangue. Essa descoberta levou a um linchamento por parte dos moradores. A situação ficou fora de controle, e a polícia militar teve que intervir. O homem foi levado para a delegacia distrital da região, Comendador Soares, também em Nova Iguaçu, para enfrentar as acusações relacionadas ao desaparecimento da menina.

O corpo da menina Kemilly Hadassa Silva foi encontrado no início da noite de domingo, enterrado às margens de um valão na localidade Beira Rio, bairro Cabuçu, Nova Iguaçu, Baixada Fluminense.

Confissão

Após passar o dia sendo interrogado, Reynaldo Rocha Nascimento assumiu a autoria do crime. Segundo o que foi divulgado pela polícia, ao perceber que a criança estava sozinha, a levou para casa e a estuprou. Ao perceber que ela não parava de chorar, ele a executou e tentou descaracterizar o corpo, colocando-o dentro de um saco de ração e o enterrou ao lado de um córrego, próximo à sua casa, também na comunidade Beira Rio.

A criança ficou desaparecida até a noite de domingo, quando, a partir do depoimento do acusado, a polícia localizou a vítima. O caso causou grande comoção na comunidade, o que acabou atrapalhando o trabalho da perícia. O corpo de Kemilly Hadassa foi levado para o Instituto Médico Legal de – IML de Nova Iguaçu, no bairro da Posse.

Revoltados com o crime, os populares foram até a casa de Reinaldo e atearam fogo ainda na noite de domingo. Agora, aguarda-se a conclusão das investigações.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa