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Marinete mãe da Marielle Franco foi hostilizada em ato em Nova Iguaçu

A mãe da vereadora Marielle Franco, Marinete Silva, foi hostilizada por um grupo bolsonarista, neste sábado (19), enquanto participava de um ato de oração na Praça dos Direitos Humanos, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense promovida por jovens da Pastoral da Juventude da Diocese de Nova Iguaçu.

Durante o evento um grupo com camisas estampando o rosto do presidente Jair Bolsonaro, com os dizeres ‘mito’ e Brasil Acima de Tudo, colocaram balões verde-amarelos na e gritando palavras de ordem, deixou os veículos na calçada da praça, próximo de onde os jovens estavam concentrados. Os bolsonaristas amarraram balões e a bandeira do Brasil nas proximidades, gritavam, xingavam e buzinavam durante as orações. Ao perceber a tentativa de provocação, os integrantes da Pastoral da Juventude se deslocaram para outro ponto com Marinete.

Dias informou que, zelando pela segurança de todos e para inibir qualquer tipo de violência, integrantes da ComCausa entraram em contato com o comando do 20º BPM (Mesquita), que enviou duas viaturas para o local. “Foi um circo de horrores. Carros nas calçadas, som alto, xingamentos contra mulheres, inclusive feito por mulheres! Gente se fazendo de ameaçadora como se estivessem gravando ou passando informações pelo telefone, apontando para o grupo. Se quebrando a placa de Marielle serviu como plataforma para eleger deputados bolsonaristas, nosso medo era que a Dona Marinete sofresse alguma agressão com a mesma finalidade”, disse ele.

Pastoral da Juventude da Diocese de Nova Iguaçu comunica o que aconteceu

Como forma de celebrar a Vida e a Memória de Marielle Franco – que, quando jovem foi membro da PJ da Arquidiocese do Rio de Janeiro) e foi vereadora democraticamente eleita em 2016 – decidimos organizar um Ofício Divino na manhã do último sábado (19/03) na Praça dos Direitos Humanos – Centro de Nova Iguaçu. No qual, para este momento de oração convidamos para rezar conosco Marinete Silva, mãe de Marielle.

Ao longo da manhã, apoiadores do presidente Bolsonaro chegaram na praça com um carro de som alto, tentando atrapalhar nosso momento de oração… Decidimos seguir nosso ato de maneira pacífica do outro lado da praça, no decorrer dos momentos fomos intimidados com músicas com que xingavam mulheres, de cunho homofóbico. Além de sermos filmados e fotografados.

Decidimos então telefonar para o Batalhão da PMERJ da região, 20°BPM. Para que a polícia evitasse qualquer agressão ou ameaça física. Ao final da Oração saímos divididos em dois grandes grupos; um rumo a Catedral de Santo Antônio da Jacutinga e outro rumo ao Top Shopping, para garantirmos a segurança uns dos outros.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa