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Memória: Morte da estudante Maria Eduarda

A jovem Maria Eduarda, foi morta em uma quinta-feira, dia 30 de março de 2017, dentro do Colégio Daniel Piza, em Acari, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Militar, a estudante foi atingida por um disparo durante um confronto entre suspeitos e militares no Complexo da Pedreira, perto do Rio Acari. Maria Eduarda, que era do 7º ano, estava na aula de Educação Física quando foi baleada.

Aos 13 anos, Maria Eduarda era uma menina boa aluna e talentosa para o esporte, cheia de sonhos. Todos foram interrompidos em março de 2017, quando a menina foi atingida por tiros de fuzil durante a aula de educação física. Foi comprovado que pelo menos um dos tiros partiu de policiais, que faziam uma caçada a traficantes em Acari, na zona norte do Rio. Porém, ninguém foi preso.

Dois policiais militares, Fábio de Barros Dias e David Gomes Centeno, tornaram-se réus pela morte da estudante. De acordo com a denúncia do Ministério Público, em 2017, os policiais assumiram o risco de causar a morte de Maria Eduarda ao efetuarem vários disparos de fuzil na direção da escola. Além da estudante, os PMs também respondem pelo assassinato de dois suspeitos. Um deles foi executado quando estava ferido, caído no chão. A ação dos policiais foi gravada por um morador.

O Governo do Estado do Rio de Janeiro foi condenado a pagar R$ 1 milhão à família de Maria Eduarda da Conceição em 2020. A decisão foi da 16ª Vara de Fazenda Pública do Rio condena o Estado por danos morais pelo crime que aconteceu durante uma operação da Polícia Militar.

De acordo com a sentença do juiz André Pinto, cada um dos pais receberá R$ 280 mil, e os cinco irmãos, R$ 90 mil cada, acrescidos de juros e correção monetária. O Estado terá ainda de ressarcir o pagamento das despesas com o funeral, no valor de R$ 2 mil, e manter o tratamento médico psicológico e psiquiátrico que vem sendo prestado à família. O juiz, no entanto, julgou improcedentes os pedidos de indenização para um casal de tios e dois primos de Maria Eduarda.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa