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Morte Jorge Amado

Jorge Amado foi um dos escritores brasileiros mais famosos e traduzidos de todos os tempos. Ele é reconhecido por ser o autor cujas obras foram mais adaptadas para o cinema, teatro e televisão. Entre seus notáveis ​​sucessos estão “Dona Flor e Seus Dois Maridos”, “Tenda dos Milagres”, “Tieta do Agreste”, “Gabriela, Cravo e Canela” e “Tereza Batista Cansada de Guerra”.

Jorge Amado produziu uma extensa obra literária, com um total de 49 livros, que também serviram como temas para escolas de samba em todo o Brasil. Suas histórias foram traduzidas em 80 países, para 49 idiomas diferentes, incluindo Braille e fitas gravadas para cegos.

Ele foi membro ativo da intelectualidade comunista brasileira a partir da segunda metade do século XX, o que se refletiu em várias de suas obras, como o retrato dos moradores do trapiche baiano em “Capitães da Areia”, de 1937.

Jorge Amado foi superado em número de vendas apenas por Paulo Coelho, mas sua marca distintiva estava no estilo de romance ficcional. Em 1994, sua obra foi reconhecida com o Prêmio Camões, um dos mais prestigiosos autores literários em língua portuguesa.

Nascido em Ferradas, um antigo distrito de Itabuna, mudou-se para Ilhéus durante sua infância devido a uma enchente e surtos de doenças. A cidade de Ilhéus tornou-se um cenário frequente para suas obras.

Na adolescência, já aos 14 anos, ingressou na vida literária em Salvador. Co-fundou a “Academia dos Rebeldes”, um grupo de jovens que desempenhou um papel importante na renovação da literatura baiana. Seus trabalhos foram publicados em revistas fundadas por eles próprios.

Embora tenha se formado em Direito em 1935, nunca exerceu a profissão de advogado. Mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, onde entrou em contato com movimentos políticos e artísticos, incluindo o movimento comunista.

A obra literária de Jorge Amado é caracterizada por duas fases distintas. A primeira, de cunho social e político, abordava questões sociais em obras como “Capitães da Areia” e “Os Subterrâneos da Liberdade”. A segunda fase trouxe uma abordagem regionalista, com romances como “Dona Flor e Seus Dois Maridos” e “Tereza Batista Cansada de Guerra”.

Ele foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1961 e ocupou a cadeira 23, cujo patrono é José de Alencar.

Jorge Amado foi casado com a escritora Zélia Gattai, e o casal teve dois filhos. Ele viveu períodos de exílio na Argentina, Uruguai, Paris e Praga, principalmente devido às suas atividades políticas e literárias.

Ele faleceu em 2001 devido a uma parada cardiorrespiratória, após já ter enfrentado problemas de saúde nos anos anteriores. Suas cinzas foram enterradas em sua casa no bairro do Rio Vermelho, em Salvador, e sua memória é honrada em várias formas, incluindo o batismo de uma nova espécie de anfíbio em 2017.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa