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Mulher é presa suspeita de matar filha esquartejar e esconder corpo na geladeira

Uma mulher de 30 anos foi detida em flagrante pela Polícia Militar (PM) na tarde de sábado (26) em São Paulo, sob suspeita de assassinar a própria filha, esquartejar o corpo da criança e ocultá-lo dentro da geladeira de sua residência.

Conforme as autoridades, indivíduos que previamente ajudaram Ruth em uma mudança, posteriormente descobriram partes do corpo da menina na geladeira da mulher, localizada na casa de seu atual namorado no bairro Aracati, Zona Sul da cidade. Após o achado, eles comunicaram imediatamente a PM, que se dirigiu ao local e iniciou uma busca pela mãe. Algumas horas depois, ela foi capturada na moradia de seu ex-marido na Zona Leste da metrópole.

O caso foi formalmente registrado no 100º Distrito Policial (DP), Jardim Herculano, como homicídio qualificado contra menor de 14 anos, emboscada por motivo fútil, emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e ocultação de cadáver. A investigação será conduzida pelo 47º DP, Capão Redondo.

As autoridades estão ainda tentando estabelecer quando e por qual motivo o crime foi cometido. Isso se deve ao fato de que Ruth forneceu ao menos duas versões sobre o assassinato de sua filha. A menina nasceu em 6 de agosto de 2014, como resultado de um relacionamento com um homem que reside em Atibaia, no interior do estado de São Paulo. A criança residia com ele antes de mudar para a casa de sua mãe. A investigação planeja interrogá-lo.

Preimeira versão

Versão inicial Quando primeiro questionada pela PM, Ruth negou veementemente o crime e relatou, conforme os relatos dos agentes, que aproximadamente um mês atrás, quando sua filha tinha 8 anos, conheceu um homem através de um aplicativo de relacionamentos. Ela alegou que o convidou para sua casa, onde usaram drogas e depois adormeceram.

Ao acordar, afirmou ter encontrado sua filha sem vida, contudo, não se recorda dos detalhes. Ruth não especificou se foi ela ou o homem quem cometeu o assassinato e esquartejou a criança. Ela explicou que decidiu colocar as partes do corpo da menina na geladeira.

Segunda versão

Segunda versão Durante seu interrogatório na delegacia, Ruth deu uma outra versão sobre o crime, afirmando que matou Alany entre 8 e 9 de agosto, dois ou três dias após a filha completar 9 anos. No entanto, a polícia trabalha com a hipótese de que o homicídio ocorreu antes, quando a vítima tinha 8 anos.

A motivação do crime, conforme registrado no boletim de ocorrência, foi a sua “inaceitação da separação do pai” da criança.

Segundo o relato policial, a mãe esfaqueou a filha no peito, após o que a desmembrou e acondicionou os pedaços em um saco plástico e uma caixa térmica. Em 15 de agosto, ela optou por colocar os fragmentos da menina na geladeira. No dia seguinte, Ruth mudou-se para outra residência, transportando a geladeira para o novo local com o auxílio de amigos e familiares de seu namorado.

Este namorado também foi interrogado pela polícia e negou conhecimento do crime. Ele informou que Ruth não o permitia entrar em sua casa, o que o obrigava a permanecer do lado de fora. Contudo, ele percebeu um “odor” proveniente da habitação.

Ruth mencionou também que em 25 de agosto dirigiu-se à Zona Leste para entregar uma chave ao seu ex-marido. Ele negou ser pai de Alany e relatou que conheceu a mulher por meio de um aplicativo há dois anos, mantendo um “relacionamento afetivo”.

Em 26 de agosto, a mãe do namorado de Ruth decidiu ingressar na residência enquanto a mulher estava ausente e abrir a geladeira, a qual estava envolta em tecido e plástico. Ao remover a proteção, a sogra deparou-se com os restos mortais de Alany. Ela então acionou a PM, que compareceu ao local e, posteriormente, empreendeu buscas pela mulher, detendo-a na moradia de seu ex-marido.

Sistema judicial Ruth enfrentará uma audiência de custódia nos próximos dias, durante a qual a Justiça determinará se ela permanecerá detida ou será liberada para responder às acusações. A polícia também solicitou a conversão de sua prisão em flagrante para prisão preventiva, o que implicaria em sua detenção por período indeterminado. Até o momento desta atualização, não havia decisões judiciais a esse respeito.

Ruth é mãe de mais dois filhos, que foram localizados e entregues ao Conselho Tutelar.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa