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Pedido de prisão domiciliar de Monique Medeiros provoca indignação

Acusada de homicídio triplamente qualificado do filho, Monique Medeiros, mãe e principal suspeita pela morte de Henry Borel, volta a chamar atenção ao solicitar prisão domiciliar, alegando depressão e riscos à sua segurança no sistema carcerário fluminense.

Este novo capítulo na saga judicial ocorre após evidências robustas apontarem que ela, junto ao ex-vereador e ex-médico Jairinho, foram responsáveis pelo crime que abalou o país. O crime é caracterizado por vantagem financeira, motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e ainda ressoa na memória dos brasileiros, tendo motivado a criação de uma lei específica que completa dois anos em maio deste ano.

O menino Henry, tinha apenas 4 anos, sofreu 23 lesões, incluindo laceração hepática e hemorragia interna, decorrentes de ação contundente. O pedido de prisão domiciliar ocorre em um momento onde a acusada, mesmo detida, parece buscar exercer poder e manipulação sobre o sistema, buscando privilégios e tratamento diferenciado.

A postura de Medeiros após a morte de Henry é frequentemente citada como evidência de sua falta de remorso, incluindo frequentar salões de beleza, cursos de culinária e até postar selfies na delegacia. Essas ações levantam questões sobre sua saúde mental e a alegada depressão mencionada em seus apelos judiciais. Especialistas em criminologia e psicologia forense questionam a súbita alegação de problemas psicológicos, observando que suas atividades após a prisão sugerem uma adaptação incongruente com seu estado declarado de saúde mental. Enquanto isso, a população brasileira, ainda abalada pelo brutal assassinato, questiona a possibilidade de justiça em um caso marcado por tentativas aparentes de manipulação do sistema.

Segundo Leniel Borel, “o caso de Henry não é isolado. Ele representa uma realidade mais ampla de violência infantil no Brasil, onde estatísticas alarmantes revelam que 33 crianças são assassinadas diariamente. A luta por justiça para Henry simboliza uma luta maior contra a impunidade e pela proteção dos mais vulneráveis na sociedade”.

A comoção pública e a cobertura contínua da mídia refletem um clamor por justiça que vai além das cortes, tocando em questões mais profundas sobre os valores e a integridade do sistema judicial brasileiro. O caso continua a ser um doloroso lembrete das falhas do sistema e da urgência em proteger as crianças do país.

Os recentes casos chocantes de violência infantil destacam sérias falhas na proteção das crianças no país.

Um desses casos envolve Lara Emanuelly Braga da Silva, uma menina de apenas 3 anos, brutalmente agredida e morta por seu padrasto, Carlos Henrique da Silva Júnior, em São João de Meriti. O crime, ocorrido em um contexto perturbador, revela uma agressão extremamente cruel e violenta, onde o acusado admitiu ter batido na criança de forma brutal. Agora enfrenta acusações de homicídio qualificado, dada a ausência de qualquer possibilidade de defesa para a vítima.

Outro caso alarmante é o de Maria Sofia da Silva Flora, uma criança de apenas 1 ano e 10 meses, cuja vida foi tragicamente ceifada pela síndrome do bebê sacudido. As investigações apontam para maus-tratos graves e agressões perpetradas pela mãe, uma adolescente de 17 anos, e pelo padrasto, Mateus Monteiro do Nascimento, de 20 anos. Apesar dos incessantes esforços do pai biológico e da avó da criança para garantir sua segurança, incluindo denúncias de vizinhos sobre os maus-tratos, as autoridades falharam em proteger Maria Sofia.

O julgamento de Mateus Monteiro do Nascimento está marcado para 29 de abril de 2024, trazendo alguma esperança por justiça para Dona Romilda, avó da vítima. Apesar disso, a emoção é misturada com a apreensão de reviver os eventos traumáticos durante o julgamento, destacando a necessidade de apoio da comunidade para enfrentar essa dolorosa jornada em busca de justiça.

Relembre o caso:

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| Projeto Comunicando ComCausa

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa