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Memória: Caso Luna Gonçalves uma menina de 11 anos encontrada morta em casa

Luna Gonçalves, uma menina de 11 anos, foi encontrada morta em sua casa em 14 de abril de 2022, antes de ser levada ao Hospital OASE de Timbó. Inicialmente, acreditava-se que Luna havia morrido a caminho do hospital, mas uma investigação subsequente revelou que ela já estava morta quando os serviços de emergência foram chamados.

A mãe e o padrasto de Luna foram levados para a delegacia após a descoberta de hematomas por todo o corpo da menina e sangramento na genitália. Embora inicialmente tenham sido liberados após alegar que Luna havia morrido em um acidente de escada, uma investigação mais aprofundada levou à sua prisão temporária.

A mãe de Luna, em um segundo depoimento, admitiu ter matado a filha sozinha. No entanto, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) revelou que Luna também havia sido vítima de estupro, inclusive no dia de sua morte. A investigação também descobriu que Luna era submetida a tortura e uma série de castigos, levando a suspeita de que a mãe não agiu sozinha.

Quando o caso foi encaminhado ao Poder Judiciário, a mãe e o padrasto de Luna foram formalmente acusados e presos preventivamente. De acordo com os Promotores de Justiça Alexandre Daura Serratine e Tiago Davi Schmitt, a violência física que Luna sofreu foi acompanhada de graves ameaças, com o objetivo de aterrorizar a criança e reduzi-la psicologicamente a uma forma desumana.

Denúncia

De acordo com as investigações, os acusados aplicavam castigos à menina e a agrediam diariamente, “empregando, para isso, violências físicas brutais mediante socos, tapas, golpes com chinelos, surras com pedaços de mangueiras de jardim”, informou o MPSC, que fez a denúncia contra os réus.

A violência física era acompanhada de graves ameaças, sempre visando aterrorizar a criança e reduzi-la, psicologicamente, a uma forma desumana.

A menina foi assassinada em 13 de abril de 2022, conforme o MPSC. Ela foi agredida no rosto, cabeça e tórax. O exame cadavérico também indicou que ela foi estuprada.

Depois do crime, os réus apagaram a memória dos celulares e limparam a casa para tentar esconder o que aconteceu. A mãe ainda se acusou falsamente, assumindo toda a responsabilidade pela morte da filha, para proteger o companheiro.

A criança vivia com a mãe, o padrasto, a irmã de seis anos e o irmão de nove meses, segundo apurou a Polícia Civil.

Apesar de morarem durante meses em uma rua residencial do bairro Imigrantes, a mãe e os filhos não eram vistos ou ouvidos pelos vizinhos.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa

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