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Caso Lucas Terra: Confirmado o julgamento depois de 22 anos

Dois pastores evangélicos, acusados de estuprar e assassinar o adolescente Lucas Vargas Terra, serão julgados nesta terça-feira (25) em Salvador. O crime ocorreu em 2001, quando Lucas Terra tinha 14 anos, e foi estuprado pelos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva após flagrar uma relação sexual entre os dois dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Rio Vermelho, na capital baiana. Depois de ser flagrado, os pastores colocaram o adolescente dentro de uma caixa de madeira e o queimaram vivo em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama.

O julgamento dos pastores, que responderão pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver, será realizado no Fórum Ruy Barbosa e deve ser concluído na sexta-feira (28). O Ministério Público da Bahia não informou se eles também irão a júri pelo abuso sexual. Além dos dois, o pastor Silvio Galiza também foi acusado do crime, condenado e preso em 2007, mas teve a pena reduzida e ganhou liberdade condicional em 2012.

Joel Miranda era pastor da Igreja Universal no Rio Vermelho na época do crime, enquanto Fernando Aparecido da Silva trabalhava no Templo da Pituba. Após o ocorrido, Joel se mudou para o Rio de Janeiro, onde comandava uma igreja até 2022, e Fernando passou a comandar uma igreja em Minas Gerais.

A família de Lucas recorreu da decisão da juíza que inocentou Joel e Fernando em 2013, e em 2015, o Tribunal de Justiça da Bahia decidiu, por unanimidade, que os religiosos deveriam ser julgados pelo júri popular. A defesa dos ex-bispos recorreu, mas o Superior Tribunal de Justiça confirmou a decisão do TJ-BA em 2017. Em 2018, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, anulou o processo que envolvia a participação do bispo Fernando Aparecido da Silva na morte de Lucas, por falta de provas. No entanto, em novembro de 2020, a 2ª Turma do STF decidiu que os pastores deveriam ir a júri popular.

Os acusados são:

  • Joel Miranda: na época do crime, Joel era pastor da Igreja Universal no Rio Vermelho – onde o estupro teria acontecido. Após o crime, ele se mudou para o Rio de Janeiro, onde até 2022 comandava uma igreja.
  • Fernando Aparecido da Silva: em 2001, Fernando trabalhava no Templo da Pituba. Após o crime, ele passou a comandar uma igreja em Minas Gerais.

Crime

  • O crime aconteceu no dia 21 de março de 2001, dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Rio Vermelho.
  • Na época, o pai da vítima contou que o adolescente teria sido estuprado e morto após ter flagrado os pastores Joel e Fernando tendo relações sexuais.
  • Após presenciar a cena, o adolescente teria sido estuprado, colocado dentro de uma caixa de madeira e queimado vivo em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama, em Salvador.

Investigações

  • O pastor Silvio Galiza foi condenado a 18 anos de prisão em 2004 e cumpriu cerca de sete anos de regime fechado. Em 2012, ele ganhou liberdade condicional.
  • Em 2007, Silvio denunciou os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva por envolvimento no crime. Ele também informou a motivação do crime, que teria sido o flagrante da relação sexual entre Joel e Fernando.
  • Em 2008, o pastor Fernando Aparecido da Silva chegou a ser preso, mas em poucos meses, passou a responder o processo em liberdade.
  • Em novembro de 2013, a juíza Gelzi Almeida inocentou Joel e Fernando. A família de Lucas recorreu e, em setembro de 2015, o recurso de apelação foi julgado pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Os desembargadores decidiram, por unanimidade, que os religiosos fossem à júri popular. Foi então a vez da defesa dos ex-bispos recorrerem. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a decisão do TJ-BA.
  • Em abril de 2017, o STJ negou recurso especial para os acusados, que pediram a suspensão do júri popular.
  • Em 2018, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, anulou, por falta de provas, o processo que envolve a participação do bispo Fernando Aparecido da Silva na morte de Lucas.
  • Em novembro de 2020, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu que os pastores vão a júri popular.

Dois pastores evangélicos, acusados de estuprar e assassinar o adolescente Lucas Vargas Terra, serão julgados nesta terça-feira (25) em Salvador. O crime ocorreu em 2001, quando Lucas Terra tinha 14 anos, e foi estuprado pelos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva após flagrar uma relação sexual entre os dois dentro de um templo da Igreja Universal do Reino de Deus, no bairro do Rio Vermelho, na capital baiana. Depois de ser flagrado, os pastores colocaram o adolescente dentro de uma caixa de madeira e o queimaram vivo em um terreno baldio na Avenida Vasco da Gama.

O julgamento dos pastores, que responderão pelos crimes de homicídio qualificado por motivo torpe e ocultação de cadáver, será realizado no Fórum Ruy Barbosa e deve ser concluído na sexta-feira (28). O Ministério Público da Bahia não informou se eles também irão a júri pelo abuso sexual. Além dos dois, o pastor Silvio Galiza também foi acusado do crime, condenado e preso em 2007, mas teve a pena reduzida e ganhou liberdade condicional em 2012.

Joel Miranda era pastor da Igreja Universal no Rio Vermelho na época do crime, enquanto Fernando Aparecido da Silva trabalhava no Templo da Pituba. Após o ocorrido, Joel se mudou para o Rio de Janeiro, onde comandava uma igreja até 2022, e Fernando passou a comandar uma igreja em Minas Gerais.

A família de Lucas recorreu da decisão da juíza que inocentou Joel e Fernando em 2013, e em 2015, o Tribunal de Justiça da Bahia decidiu, por unanimidade, que os religiosos deveriam ser julgados pelo júri popular. A defesa dos ex-bispos recorreu, mas o Superior Tribunal de Justiça confirmou a decisão do TJ-BA em 2017. Em 2018, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, anulou o processo que envolvia a participação do bispo Fernando Aparecido da Silva na morte de Lucas, por falta de provas. No entanto, em novembro de 2020, a 2ª Turma do STF decidiu que os pastores deveriam ir a júri popular.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa