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Memória: Nascimento do Patativa do Assaré

Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, foi um importante poeta e cantor brasileiro. Ele nasceu em 5 de março de 1909, na cidade de Assaré, no estado do Ceará, e faleceu em 8 de julho de 2002, em sua cidade natal.

Patativa do Assaré teve uma infância difícil e trabalhou desde cedo como agricultor. Porém, sua paixão pela poesia e pela música o levou a se tornar um dos maiores expoentes da literatura popular nordestina. Suas obras abordam temas como a seca, a vida no sertão, as injustiças sociais e a cultura popular.

Seu talento foi reconhecido quando, aos 23 anos, teve um poema publicado no jornal local “O Povo”. A partir desse momento, sua carreira literária começou a se desenrolar. Patativa do Assaré ficou conhecida por sua linguagem simples, mas extremamente poética, que expressava com sensibilidade as questões sociais e culturais do Nordeste brasileiro.

Em 1956, lançou seu primeiro livro, intitulado “Inspiração Nordestina”. A obra foi um sucesso e consolidou sua confiança como um dos grandes poetas populares do país. Ao longo de sua vida, Patativa publicou diversos livros, entre eles “Cante lá que eu canto cá” (1978), “Ispinho e Fulô” (1988) e “Aqui tem coisa” (1994).

Além de sua produção literária, Patativa do Assaré também se destacou como cantora e compositora. Suas músicas, muitas vezes interpretadas por ele mesmo, são marcadas pela melodia simples e pelas letras que retratam o cotidiano e as tradições do povo nordestino.

A obra de Patativa do Assaré recebeu reconhecimento nacional e internacional, e foi agraciado com diversos prêmios ao longo de sua carreira. Sua contribuição para a literatura e a cultura popular brasileira é inestimável, e suas obras continuam sendo estudadas e apreciadas até os dias de hoje.

Patativa do Assaré faleceu em 2002, aos 93 anos de idade, deixando um legado de poesia e luta pela valorização da cultura nordestina. Sua figura representa a força e a resistência do povo sertanejo, e sua obra permanece como um testemunho da riqueza e da diversidade da cultura brasileira.

Patativa dizia nunca ter buscado fama, mas foi condecorado com ao menos cinco Doutor Honoris Causa, nunca deixou de ser agricultor é tinha uma memória invejável, podendo recitar qualquer de seus versos de cabeça. Suas obras marcam a vida e a história de um povo, e jamais será esquecida.

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa