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Memória: Assassinato do inspetor Cid Jackson

No dia 21 de fevereiro de 2015, o inspetor Cid Jackson Silva, depois de ter sido atingido diversas vezes pelas costas, ainda recebeu um tiro de misericórdia na cabeça. As informações são da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, cujos agentes apreenderam, na tarde desta segunda-feira, um menor de 17 anos acusado de ser o autor dos disparos. Também foi capturado o primo do adolescente: Alex Sandro Ozório Silva, de 19 anos, estava com a pistola do policial civil.

– A vítima não reagiu ao assalto. E foi morta tão somente porque sua identidade de policial civil foi descoberta pelos assaltantes – destacou o delegado Fábio Salvadoretti, responsável pelas investigações.

O policial, que era lotado na Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis, foi executado na tarde de sábado, em Mesquita, na Baixada Fluminense, quando chegava à casa de sua mãe. A mulher e o filho do inspetor estavam no carro quando os quatro bandidos anunciaram o assalto. Eles não se feriram.

– Todos os assaltantes são menores de idade. Um deles está identificado. Dos outros dois, temos algumas pistas. Mas não vamos descansar enquanto pegarmos todos – disse o delegado.

Segundo o relato das testemunhas, foi o menor detido quem atirou contra o policial ao perceber uma pistola em sua cintura. Em depoimento, o adolescente nega que tenha feito os disparos, mas confessa sua participação no crime.

Além dos relatos das testemunhas, imagens de câmeras de segurança da rua onde ocorreu o crime foram importantes para identificar os acusados. No vídeo, eles aparecem caminhando, sem camisa, momentos antes de executarem o policial.

O carro de Cid Jackson Silva, que havia sido levado pelos bandidos, foi recuperado neste domingo pela polícia. O veículo estava próximo à casa do menor detido, no bairro Vila Jurandir, em São João de Meriti, também na Baixada Fluminense. Impressões digitais foram colhidas e confirmaram a identidade dele.

Segundo o delegado Fábio Salvadoretti, o adolescente, seu primo, e outro menor, que já está identificado, fazem parte de uma quadrilha de assaltantes que age em vários municípios da Baixada Fluminense:

– Cada um tem pelo menos duas passagens por roubo e receptação, nas áreas da 64 DP (São João de Meriti) e 54 DP (Belford Roxo).

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João Oscar

João Oscar é jornalista militante de direitos humanos da Baixada e colaborador da ComCausa