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Caso Lucas Terra: Justiça nega recurso dos pastores da Universal condenados pelo crime

A defesa dos pastores da Igreja Universal, Fernando Aparecido dos Santos e Joel Rodrigues, recorreu da condenação de ambos por estupro e assassinato do jovem Lucas Terra. O julgamento do Agravo Interno foi nesta quinta-feira (21) no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), buscando a redistribuição dos autos ao Desembargador Mario Alberto Simões Hirs, visando reverter a condenação. No entanto, o TJBA negou o pedido contido no recurso, reforçando a perspectiva de que a justiça seja feita e os acusados cumpram suas penas conforme a lei.

No ano de 2001, um crime brutal chocou a cidade de Salvador, Bahia. Lucas Terra, um adolescente, foi vítima de um assassinato cruel, sendo violentamente atacado e queimado vivo. Após mais de duas décadas de busca por justiça, em abril deste ano, a Juíza de Direito Andréia Sarmento, do 2º Juízo da Segunda Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Salvador, Bahia, emitiu uma decisão fundamental ao classificar o assassinato de Lucas Terra como crime triplamente qualificado.

A sentença determinou que os pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva fossem condenados a cumprir 21 anos de prisão em regime fechado pelos atos hediondos cometidos contra o jovem Lucas Terra. A magistrada levou em consideração a presença de um motivo vil, o uso de métodos cruéis e a completa indefensabilidade da vítima, o que resultou no agravamento das penas dos condenados.

Recurso negado na Justiça

Na manhã desta sexta-feira (22), a família de Lucas Terra anunciou que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) decidiu por “AGRAVO NÃO PROVIDO”, ou seja, pela rejeição do agravo.

“Meus amigos e apoiadores, gostaria muito de agradecer o apoio de vocês, me fortalece muito, carrega minhas forças para não desistir de lutar” – publicou Marion Terra, mãe do jovem Lucas Terra – “Me sinto sempre na obrigação de compartilhar as vitórias com vocês. Muito obrigada pelo apoio! Estamos chegando perto de contemplar esses homens perversos atrás das grades de uma prisão!”

Outro acusado cumpriu 15 anos de prisão

Outro pastor condenado pelo assassinato de Lucas Terra, Silvio Galiza, foi inicialmente condenado a uma pena de 23 anos e 5 meses de prisão. Posteriormente, após recurso, essa pena foi reduzida para 18 anos e, mais tarde, para 15 anos. Portanto, considerando a última redução de pena, Silvio Galiza cumpriu um total de 15 anos de prisão

Mais de 20 anos de luta por justiça

A determinação da família de Lucas Terra é um exemplo de resiliência na busca pela justiça, mantendo viva a memória de Lucas e ansiando por uma resposta do sistema judiciário que reflita a integridade e resulte na devida punição dos responsáveis por esse ato de extrema crueldade. Marion Terra, mãe de Lucas, persiste incansavelmente na busca por justiça para seu filho. Recentemente, ela usou as redes sociais para apelar e evitar o esquecimento do caso, buscando a rejeição dos recursos dos condenados e almejando a prisão imediata dos acusados, pondo fim a décadas de impunidade.

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Adriano Dias

Jornalista militante e fundador da #ComCausa