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Frente Parlamentar discutirá prevenção de enchentes na Baixada

O deputado estadual Andrezinho Ceciliano propôs a criação de uma Frente Parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ), que discutirá prevenção e fiscalização de áreas de enchentes na Baixada Fluminense.

Em suas redes sociais, o deputado Andrezinho divulgou que: “Entre as finalidades da Frente Parlamentar estão o diálogo político entre o Poder Executivo, Legislativo, Ministério Público, Defensoria Pública, Concessionárias e Municípios, buscando fortalecer políticas estaduais de saneamento, fomentar a cooperação econômica através do fluxo de comércio, serviços e investimentos para geração de emprego”.

A proposta também é “acompanhar as políticas governamentais, projetos e programas direcionados ao bom funcionamento das relações institucionais também está entre nossa disposição, prezando pelo efetivo desempenho dos serviços públicos” – e que – “O diálogo guiará os trabalhos da Frente através da promoção de encontros, debates, simpósios, seminários, audiências públicas e outros eventos, tendo como finalidade a divulgação e aprimoramento de inovações na legislação durante o processo de parceria e cooperação”.

O jornalista Adriano Dias, da OS ComCausa, instituição que já atuou em situações de tragédias provocadas pelas chuvas como as de Xerém (2013) e da região Serrana (2011), entre outras, afirmou que “é cada vez mais evidente o impacto das mudanças climáticas que incidem, por exemplo, no aumento da recorrência e volume de chuvas que temos tido neste ano. Assim é urgente medidas que mitiguem os efeitos destas mudanças. Mas também sabemos que investimentos estruturais desta proporção exigem a elaboração de projetos complexos e grandes investimentos. Estes podem demorar para ter a estrutura para o resultado necessário e evitar mais perdas de vidas”

Em 2013, depois de nossa experiência na Região Serrana e Xerém, propomos aos governos Federal e do Estado, ao Ministério Público e a Defensoria, a criação de Gabinetes de Gestão Integrado (GGI) regionalizados permanentes para buscar diminuir as perdas de vidas em cataclismas. Tais gabinetes permanentes teriam, por um lado, a parceria com universidades, centros monitoramento e operações já estruturados, como os da cidade do Rio. Por outro, uma rede de instituições nas cidades. Entretanto a proposta não avançou” – e complementa – “Acreditamos que de maneira mais urgente, é possível criar uma rede de instituições de apoio, devidamente capacitadas com programas de monitoramento, planos de aviso e de evacuação de áreas de risco. Isso pode ser feito para aplicação quase que imediata”.

Quanto a importância da frente parlamentar, Adriano afirmou que a Baixada Fluminense é uma das regiões do estado do Rio de Janeiro que mais sofrem historicamente com chuvas. “Me recordo de uma período de chuvas que provocaram várias enchentes de grande impacto em 1988, a primeira que eu estive junto com algumas pessoas na tentativa de ajuda as populações atingidas. O tempo passou e nestes anos, infelizmente, somente vimos a repetição de tragédias e aumentar cada vez mais o número de vidas perdidas pela falta do devido investimento em prevenção”.

Maior tragédia climática da história do Brasil

A região serrana do Rio de Janeiro foi alvo da maior tragédia climática da história do Brasil, quando a chuva que caiu no dia 11 de janeiro de 2011. As cidades mais afetadas foram Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. Ao todo, mais de 1000 pessoas morreram e ainda existe quase 100 desaparecidos.

Chuvas de Xerém

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Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo