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Jovem é apreendido por ameaça de massacre em escola

Na manhã desta segunda-feira, dia 03 abril, foi apreendido pela polícia em Londrina, no Paraná, um jovem de 17 anos foi por ameaçar realizar um massacre em uma escola da região.

De acordo com informações da polícia, o adolescente teria divulgado mensagens em um grupo de WhatsApp, em que afirmava que pretendia realizar um ataque a uma escola em Londrina nesta segunda (03/04), inspirado nos massacres ocorridos em Suzano, em 2019, e em Realengo, no Rio de Janeiro, em 2011. Nas mensagens, o jovem fazia referência a armas e ações violentas, o que levou à sua apreensão.

O jovem foi detido em sua casa, onde foram encontrados materiais que indicavam um possível ataque como uma máscara, facas e luvas. O nome da escola não foi revelado.

Segundo o jornalista Adriano Dias, fundador da ComCausa, “a ameaças de violência em escolas é um problema grave em todo o mundo, e o Brasil já foi palco de vários episódios trágicos que, preocupantemente, tem se intensificado nos últimos anos. Por isso, é fundamental que sejam tomadas medidas para prevenir esse tipo de violência” – e propõe – “Uma das principais estratégias para prevenir a violência em escolas é a criação de programas de educação para a paz e de prevenção ao bullying. Esses programas têm como objetivo promover a convivência pacífica entre os estudantes, estimular o diálogo e a resolução pacífica de conflitos, e criar um ambiente escolar mais seguro e acolhedor”.

Brasil tem preocupante aumento de número de ataques em escolas

A violência nas escolas tem sido um problema crescente no Brasil nos últimos anos. O aumento dos ataques em escolas tem gerado grande preocupação em todo o país e colocado em pauta a discussão sobre segurança nas escolas.

Os ataques em escolas podem ser motivados por diversas razões, como problemas de saúde mental, bullying, vingança ou terrorismo. Independentemente da motivação, o resultado é sempre trágico e traumático para as vítimas, suas famílias e a comunidade escolar como um todo.

Segundo relatório para a transição do governo federal, entregue em dezembro passado, o Brasil teve 16 ataques à escola no Brasil desde o início do ano 2000, quatro deles no segundo semestre do ano passado. Além das 35 mortes, foram 72 feridos. Sendo que 12 destes ataques, foram com armas de fogo.

Brasil tem preocupante aumento de número de ataques em escolas

Doze anos do pior ataque a escolas do Brasil

Em 7 de abril de 2011, um ataque ocorreu na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio de Janeiro. O agressor, Wellington Menezes de Oliveira, entrou na escola armado com duas pistolas e matou 12 estudantes e feriu outros 13 antes de cometer suicídio. O ataque chocou o Brasil e o mundo e trouxe à tona discussões sobre a segurança nas escolas e a saúde mental dos jovens.

Desde então, muitas iniciativas foram criadas para homenagear as vítimas do massacre e para manter viva a memória do evento. Uma dessas iniciativas é o ato de memória ao ataque na escola de Realengo, que ocorre anualmente em 7 de abril.

Em 2023, ao completar 12 anos, novamente os familiares e e movimentos sociais de enfrentamento à violência, entre eles a ComCausa, estarão na Praça dos Anjos de Realengo na próxima sexta (07), a partir das 8h30 da manhã em memória das dos jovens do Colégio Tasso da Silveira, um alerta sobre a importância da prevenção ao bullying e à violência nas escolas.

Ato em memória aos Anjos de Realengo nesta sexta

> Foto Ilustrativa.

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Emanoelle Cavalcanti

Acadêmica de psicologia, voluntária na Ong Médicos do Mundo