A tentativa de silenciamento que não deu certo
Marielle franco nasceu em 27 de julho de 1979, hoje estaria completando 44 anos de vida, se não tivesse sido assassinada brutalmente com 13 tiros junto de seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018.
Marielle nasceu e cresceu no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, desde cedo iniciou sua trajetória na luta pelos direitos humanos. Foi eleita vereadora do Rio pelo PSOL e também presidiu a Comissão da Mulher na Câmara de Vereadores. Participou de coletivos e movimentos em prol do direito das mulheres.
Era uma mulher lésbica, negra e cria de comunidade, Marielle lutava por direitos humanos, os direitos das minorias, abraçava e levantava bandeiras. Foi uma mulher guerreira e de coragem.
Precisa-se de muita coragem para lutar pelos nossos, para subir no palanque e cobrar por dignidade, cobrar das autoridades por direitos, direitos da comunidade LGBTQIA+, direitos do povo preto, direitos do povo pobre. E foi por causa dessa coragem, que Marielle começou a incomodar aqueles que não nos querem aqui.
Tentaram nos calar no dia 14 de março de 2018. Silenciaram Marielle Franco, em seu carro, na Rua Joaquim Palhares, por volta das 21h30 da noite. Pensaram que seriam o fim, mas nesse dia, varias outras Marielle’s nasceram. A partir deste dia, começou a luta por justiça, a tentativa de silenciamento teve resultado reverso, e cada vez mais estamos tomando nosso lugares, lugares que são nossos por direito.
Tivemos que passar por um (des)governo onde tentaram a todo custo esconder quem tirou a vida da mulher que lutava bravamente por direitos humanos, um governo liderado por quem queria afundar cada vez mais o nosso país. Agora podemos dizer que a justiça por Marielle e Anderson está sendo feita, existe uma Marielle PRESENTE em cada conquista vinda de uma minoria. Em cada espaço que conquistamos, em cada luta que ganhamos. A partir do dia 14 de março de 2018 nós passamos a viver por Marielle.
Por: Débora Barroso
